Estudo realizado pela ABAC mostra que Consórcio cresce como opção de compra programada, pelo consumidor.
A assessoria econômica da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios divulgou, no começo do mês, um estudo que comprova que as vendas de cotas aumentam mesmo em períodos em que a taxa Selic cai.
Os estudos concluem que a maioria dos consorciados leva em conta, na hora da adesão, características que estão em linha com o planejamento e a educação financeira, disciplinando o consumo, com parcelas acessíveis, capacidade do poder de compra à vista e confiança no sistema que, há quase 60 anos, contribui para a realização de sonhos pessoais, profissionais, familiares e empresariais e não colocam as taxas de juros em primeiro lugar para tomada de decisão.
Se você acompanha o Blog da Disal há algum tempo, já sabe que Selic baixa não significa, necessariamente, um financiamento mais barato.
Consórcio X Selic – Conforme o estudo da ABAC, entre os anos de 2006 a 2009, por exemplo, a curva dos juros (linha azul do gráfico abaixo) cai e a de vendas (linha laranja) sobe. Já em 2011, os juros sobem e as vendas crescem também, fenômeno que se repete em 2015. Finalmente, no período de 2017 a 2019, novamente, a curva dos juros cai e a de vendas de cotas de consórcio sobe.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da ABAC, os dados refletem dois perfis de consumidores ou investidores. “Há aquele que precisa do bem de imediato e opta pelo financiamento, arcando com pagamento de juros, com o rigor na aprovação do crédito e, em muitos casos, a exigência de entrada, e o que planeja o futuro, assumindo compromissos mensais, aderindo ao consórcio como forma de adquirir bens ou contratar serviços, com prazos mais longos, custos inferiores e poder de compra à vista”, afirma.
Sistema de consórcios se recupera na pandemia
Para acabar com qualquer dúvida, basta conferir a rápida recuperação do sistema de consórcios na pandemia. Após um forte impacto inicial em março, aprofundado em abril, as vendas de cotas novas já retomaram os níveis pré-COVID em julho. Tudo isso com a SELIC mais baixa da história. “Superamos, em julho, o patamar de comercializações de fevereiro, ao atingir o segundo melhor mês no ano, antes até das medidas de isolamento. Confiamos na manutenção ou até mesmo em avanços no total de adesões para os próximos meses”, diz Rossi. Em julho, o sistema registrou 250,2 mil cotas vendidas, fazendo com que o acumulado do ano chegasse a 1,51 milhão de adesões.
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